PUBLICIDADE

Polinização aumenta produtividade do café em área experimental no Mato Grosso

PUBLICIDADE

A produção de café na agricultura familiar de Mato Grosso pode ganhar um novo impulso com a aplicação de técnicas de polinização por abelhas. A iniciativa foi apresentada, ontem, durante o Dia de Campo – Cadeias de Valor da Agricultura Familiar, realizado no Centro Regional de Pesquisa e Transferência de Tecnologias da Empresa Mato-grossense de Pesquisa e Extensão Rural (Empaer), em Tangará da Serra.

O projeto, desenvolvido pela Empaer em parceria com a Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), aposta no uso estratégico de abelhas nativas e exóticas para aumentar a produtividade e melhorar a qualidade dos grãos nos cafezais. A proposta integra ciência, sustentabilidade e valorização da agricultura familiar.

Segundo João Bosco, pesquisador da Empaer e coordenador do experimento, a tecnologia tem demonstrado resultados animadores: “Nós estamos com esse projeto em parceria com a Unemat, para que a gente possa trazer para os produtores um aumento de produtividade com qualidade. É uma cultura de boa renda para o produtor de pequena escala. O preço está interessante, os chineses aprenderam agora a tomar café e são consumidores em potencial, com isso o preço aumentou. Nós conhecemos produtores que conciliaram a polinização e chegaram a produzir 130 sacas de café em apenas um hectare.”

A professora Daniele Starktonon, bióloga e docente do curso de Agronomia e do Mestrado em Ambiente e Sistemas de Produção Agrícola da Unemat, destaca que a pesquisa une conservação ambiental e incremento na produção agrícola.

“A questão da polinização é muito interessante, tanto pelo lado da produção quanto da conservação das abelhas, especialmente em Mato Grosso, onde temos uma elevada diversidade de espécies nativas. Com essa parceria da Empaer, estamos investigando a importância da apicultura migratória, em que os produtores podem deslocar os enxames em suas propriedades durante a florada. Pensamos que isso possa ser uma solução para o aumento da produtividade do café para os pequenos produtores”, explicou.

Entre os participantes do projeto está a mestranda Daniela Padilha, de 31 anos, que veio do Pará para estudar na Unemat. “Achei muito interessante essa pesquisa sobre polinização no café, tendo em vista que o Estado está se destacando na produção, inclusive em propriedades menores. E a polinização por abelhas tem uma importância significativa na qualidade da produção nos cafezais, além de ser sustentável”, afirmou.

Receba em seu WhatsApp informações publicadas em Só Notícias. Clique aqui. 

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais notícias
Relacionadas

Venda da safra de milho em Mato Grosso chega a 55%; queda no preço

O Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (IMEA) constatou que...

Arroba do boi gordo em Mato Grosso sobe 1%

A arroba do boi gordo à prazo, em Mato...

Soja disponível em Mato Grosso tem alta

A soja disponível no Estado teve valorização de 0,44%...
PUBLICIDADE