A Justiça negou o pedido de revogação da prisão preventiva do acusado de matar Jadelson Ferreira da Silva, em abril de 2015. A vítima foi assassinada a facadas, supostamente por vingança, durante uma confraternização. A decisão, proferida pela juíza Ana Helena Alves Porcel Ronkoski, considerou que os fundamentos para a manutenção da prisão seguem válidos, especialmente devido ao risco de fuga do acusado, que permaneceu foragido por quase dez anos após o crime.
Só Notícias apurou que, segundo a denúncia, o crime ocorreu após uma confraternização entre o acusado, a vítima e outros dois indivíduos. Testemunhas relataram que o suspeito saiu do local, mas retornou motivado por “vingança”, atacando Jadelson, que estava desprevenido. Após o crime, o acusado deixou para trás seu boné e uma bicicleta, fugindo da cidade e só sendo preso em abril deste ano.
A defesa argumentou que não há mais motivos para manter a prisão preventiva. Os advogados pediram a revogação da prisão ou, alternativamente, a substituição por medidas cautelares menos severas. O Ministério Público, no entanto, opôs-se ao pedido, sustentando a necessidade de garantir a aplicação da lei penal.
Em sua decisão, a juíza Ana Helena destacou que a prisão foi originalmente decretada com base na “garantia da ordem pública” e no risco de o acusado fugir novamente. “A defesa não demonstrou situação nova que justifique a revogação da prisão”, afirmou. A magistrada ressaltou que, embora o tempo possa atenuar a preocupação com a ordem pública, o fato de o réu ter “evadido-se do distrito da culpa por uma década” reforça a necessidade de manter a custódia para assegurar o andamento do processo.
A decisão também mencionou que a fuga prolongada do acusado dificultou o cumprimento do mandado de prisão e suspendeu a ação penal por anos. Com a manutenção da prisão preventiva, o caso seguirá seu trâmite legal, sem previsão de liberdade para o acusado até o julgamento definitivo.
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